Familiares do menino Heitor fazem caminhada e pedem por justiça em Aracruz
Familiares do bebê Heitor Rossi de França, que morreu logo após nascer, no dia 28 de dezembro do ano passado, no Hospital São Camilo, em Aracruz, Norte do Espírito Santo, fizeram uma caminhada neste sábado (11) para pedir justiça.
A Polícia Civil informou na última terça-feira (7) que o inquérito está em andamento. Heitor morreu uma hora após o parto cujo laudo do paciente aponta em primeira hipótese um óbito por cardiopatia. Mais tarde a tese foi descartada pela necrópsia, que constatou hemorragia intracraniana e traumatismo cranioencefálico.
Nas redes sociais, a mãe do bebê disse que a luta é por justiça por todas as mães que não estariam sendo respeitadas.
“Uma dor que nunca vai sessar, um momento que nunca vamos esquecer do nascimento do nosso anjo. Nossa caminhada é por vidas que estão sendo interrompidas, de mamães que não estão sendo respeitadas e por justiça do nosso anjo, estamos atrás de uma resposta na qual não tivemos em momento algum, assim como todos, principalmente nós como pais do Heitor, familiares queremos saber a verdade oq realmente aconteceu de ter levado nosso príncipe ao óbito.
Venho aqui agradecer grandiosamente cada um por ter indo na nossa caminhada dando o suporte a nossa causa, e nós passamos uma imensa força pra não desistirmos e continuarmos pelo nosso príncipe”, escreveu Isa Rossi.
Familiares de Heitor Rossi fizeram uma manifestação neste sábado (11), em Aracruz – Foto: reprodução/redes sociais
Hospital garante regularidade no atendimento
Em nota Fundação Hospital Maternidade São Camilo esclarece que os procedimentos realizados no parto da paciente Isabelly Rossi Nascimento, ocorrido em 28 de dezembro de 2024, foram regulares e passaram que o caso foi investigado por uma Comissão de Óbitos e pela Comissão de Ética Médica.
“Ambos os relatórios concluíram que os procedimentos realizados foram regulares. Além disso, o hospital está acompanhando as investigações das autoridades estaduais e aguarda o laudo completo do Departamento Médico Legal (DML)”, disse documento.
A nota garante que o uso de instrumento à vácuo, ao contrário do que foi dito pela puérpera, foi autorizado por Isabelly. “O procedimento incluiu o uso de um extrator a vácuo, técnica permitida e regulamentada pela literatura médica, que é aplicada em situações específicas e sob critérios rigorosos. No caso em questão, o instrumento foi utilizado de acordo com os protocolos estabelecidos e com a autorização da mãe”.