Primeiro caso de Febre Oropouche é confirmado em João Neiva
O Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) confirmou, no dia 14 de janeiro, o primeiro caso de Febre Oropouche em João Neiva.
O paciente, de 57 anos, iniciou os sintomas no dia 9 de janeiro e está se recuperando bem em casa, sem necessidade de internação. A doença é transmitida principalmente pelo mosquito maruim, também chamado de "mosquito-pólvora".
A Febre Oropouche apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e outras arboviroses, como febre, dor de cabeça (cefaleia), dores musculares, nas articulações e nas costas, além de tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia (sensibilidade à luz), náuseas e vômitos.
Embora a enfermidade pareça ser mais leve que a dengue, ela pode evoluir para complicações mais graves, como acometimento do sistema nervoso central e manifestações hemorrágicas.
O mosquito maruim é encontrado em ambientes com umidade e matéria orgânica em decomposição, como manguezais, brejos e quintais com restos de frutas e folhas de árvores.
O controle químico da espécie é ineficaz, uma vez que os inseticidas comuns não afetam esse mosquito devido à sua diferente família biológica. Por isso, o controle dessa espécie deve ser feito com medidas de prevenção, como evitar o acúmulo de água e manter os locais limpos.
O assessor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde (Semsa), Guilherme Spavier, ressaltou que, após picar uma pessoa ou animal infectado, o mosquito pode transmitir o vírus para outras pessoas saudáveis.