Traficantes de Aracruz e região usam drones para vigiar a polícia
Para “protegerem” suas bocas de fumo e não terem “prejuízos”, traficantes têm usado tecnologias para vigiar a polícia. O objetivo é driblar os órgãos de segurança por meio de sistemas modernos de videomonitoramento, estações de rádio e até drones.
Fazendo uso de tecnologia de ponta, as organizações criminosas são ousadas e, em alguns casos, chegam a contratar profissionais que sabem operar estações de rádios comunicadores.
“Pegam essas pessoas que têm noção para fazer essa implementação de uma estação de rádio, por exemplo, e pagam determinados valores, segundo o superintendente de Polícia Civil, delegado Fabrício Dutra.
Sobre o uso de câmeras na entrada dos bairros, justamente para monitorar o trabalho das polícias e assim impedir as abordagens e a perda das drogas”, disse o delegado.
No caso de drones, Dutra disse que eles são usados em cidades como Aracruz, Linhares e São Mateus. “Utilizam nas comunidades mais altas. Usam não só para vigiar as polícias, mas para monitorar seus rivais”, disse.
Em Conceição da Barra, por exemplo, uma operação no último dia 25 prendeu seis pessoas que estavam envolvidas no tráfico de drogas da região e que estavam monitorando a polícia por meio de uma central.
Na região Noroeste do Espírito Santo, quatro dias depois da operação em Conceição da Barra, a Polícia Civil encontrou drones, controles remotos e duas câmeras de videomonitoramento em casas de moradores de Nova Venécia.
Eles são suspeitos de instalarem câmeras para monitorar a polícia a pedido de traficantes.
Já na Grande Vitória, segundo policiais militares que atuam em regiões como Complexo da Penha e Jaburu, na capital, câmeras e rádios comunicadores são objetos de uso constante.
Um militar revelou que a ousadia dos criminosos é tão grande que eles chegam a ameaçar os policiais por meio do rádio.