Suspeito de dois homicídios em Aracruz é preso em Macaé
Um homem de 29 anos, suspeito de cometer dois homicídios em Aracruz, na região Norte do Espírito Santo, foi preso na última quinta-feira, 27 de abril, em Macaé, no estado do Rio de Janeiro.
Vagner Pereira da Silva, vulgo Vaguinho, é suspeito de cometer um assassinato no dia 30 de julho de 2021, no bairro Novo Jequitibá, e um segundo homicídio, no bairro Itaputera, em 3 de dezembro de 2022.
O suspeito é apontado como líder do tráfico de drogas no bairro Itaputera e chegou a ser autuado em flagrante pelo crime em 2019, mas durante o trajeto até o hospital local, conseguiu se desvencilhar e fugir da Polícia Civil. A partir dali começou o empenho para a recaptura.
O titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, delegado André Jaretta, contou que o homem era temido em toda a cidade, especialmente no bairro, por conta de sua periculosidade e violência.
Segundo o delegado, a prisão foi dificultada por conta do bom relacionamento do suspeito com o mundo do crime. Ele nunca pernoitava em um mesmo lugar, o que tornava o serviço de rastreamento extremamente complicado.
Em julho de 2021, o suspeito cometeu o primeiro assassinato em Novo Jequitibá, por conta de disputas territoriais de tráfico de drogas. Em dezembro do ano seguinte, já no bairro Itaputera, foi feita a segunda vítima. Além do assassinato, ele deixou outra pessoa gravemente ferida.
Suspeito estava no Rio de Janeiro há pelo menos dois anos
O delegado contou que a Polícia Civil já havia recebido informações de que o suspeito estava no Rio de Janeiro, o que foi confirmado pelo serviço de inteligência, em colaboração com a PC do Rio de Janeiro. De acordo com ele, o homem já estava no Estado há pelo menos dois anos.
De acordo com ele, durante este período, o homem manteve um perfil discreto, sem cometer crimes, inclusive chegou a trabalhar algumas vezes como barbeiro na comunidade em que vivia, utilizando documentos falsos.
O delegado-geral da Polícia Civil, delegado José Darcy Arruda, afirmou que a prisão foi possível por conta da ação do Centro de Inteligência e Análise Telemática (CIAT) do Norte do Estado, o CIAT Norte.
De acordo com ele, foi através deste aparato de inteligência que a identificação do suspeito foi possível.