Menos inadimplentes em janeiro: ES registra quarta queda consecutiva
O percentual de famílias capixabas com contas ou dívidas em atraso de pagamento (inadimplentes) diminuiu pela quarta vez consecutiva na passagem de dezembro de 2023 para janeiro de 2024, passando de 38,8 para 38,2%, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Fecomércio-ES com base nos dados coletados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada neste mês de fevereiro.
O nível de endividamento permaneceu constante nos últimos três meses, registrando 89,8%. No que diz respeito ao número de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso no próximo mês, registrou-se uma estabilidade em comparação com dezembro, mantendo-se em 21,3%.
Na análise da Equipe Connect Fecomércio-ES, essa é uma sinalização positiva do indicador que evidencia a qualidade do endividamento. Apesar de manter-se em um patamar elevado em janeiro (38,2%), reflete uma melhoria na capacidade das famílias de cumprir com suas obrigações financeiras. Em outubro de 2023, 40,2% dos capixabas estavam inadimplentes. Em novembro, o total foi de 39,4%, e em dezembro foi de 38,8%.
No que diz respeito aos tipos de obrigações financeiras, no mês de janeiro de 2024, o cartão de crédito figurou como o principal componente para 85,9% das famílias, mantendo essa tendência desde 2011, quando esse levantamento começou a ser publicado. Crédito consignado (10,2%), financiamento de casas (8,3%) e financiamento de carro (8,0%) também se destacaram como relevantes.
Em janeiro, 91,3% das famílias capixabas com renda de até 10 salários mínimos haviam assumido algum tipo de compromisso financeiro (endividamento), 43,2% estavam com contas em atraso (inadimplência) e 25,3% afirmaram que não terão condições de pagar suas dívidas nos próximos meses.
Empréstimos bancários e cheque especial
Nas famílias com renda superior a 10 salários mínimos, nota-se um aumento no uso do cartão de crédito, atingindo 89,5%, e do cheque especial, que registrou uma ampliação para 3,1%. Contudo, destaca-se a diminuição do crédito consignado e do crédito pessoal nessa faixa de renda.
Isso mostra uma tendência de redução nos empréstimos bancários por parte das famílias com rendimentos superiores a 10 salários mínimos, embora haja um leve aumento na utilização do cheque especial.