ES registra primeira morte por Febre Oropouche
A primeira morte provocada pelo vírus Oropouche no Espírito Santo foi confirmada na tarde desta terça-feira (10), em Vitória.
O óbito atestado é de uma mulher de 61 anos, moradora de Fundão, na Região Metropolitana, e ocorreu no dia 28 de agosto. A identidade da paciente não foi informada.
As informações foram divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa/ES).
A Febre Oropouche é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por vírus transmitidos por artrópodes.
Neste caso, o mosquito transmissor da doença é o ‘maruim’.Segundo boletim do Ministério da Saúde, até o dia 1º de dezembro, outras três mortes ocasionadas pelo Oropouche foram confirmadas no país, sendo duas no estado da Bahia e um óbito fetal em Pernambuco.
Ainda de acordo com o ministério, 9.609 casos de Oropouche foram confirmados no período, no Brasil.
Já no Espírito Santo, até esta terça-feira (10), foram 2.840 confirmações.
A paciente que morreu em Fundão começou a apresentar os primeiros sintomas da Febre Oropouche na noite do dia 27 de agosto. No dia 28, deu entrada no Pronto Atendimento (PA) de Fundão, sentindo desconforto respiratório ao realizar pequenos esforços.
Ao longo do dia, houve uma piora rápida do quadro da paciente, que chegou a ser entubada após apresentar insuficiência renal aguda e parada cardiorrespiratória. Onze horas depois de dar entrada no PA e cerca de 24 horas desde o início dos sintomas, a morte foi confirmada.
Amostras coletadas da paciente foram enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) no dia 30 de agosto, com a primeira confirmação pelo vírus feita no dia seguinte. Entretanto, outras testagens foram feitas para a confirmação final.
Outros dois possíveis óbitos por Febre Oropouche entraram em investigação pela secretaria, um foi descartado e um segue em investigação.
Na próxima semana, o Espírito Santo vai receber uma equipe técnica do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Evandro Chagas e representantes de demais laboratórios centrais do país com o objetivo de aprimorar os protocolos contra a doença, com destaque à proteção às gestantes.