Coluna Geremias Pignaton - O Obelisco do Cinquentenário - 1927

Em 1927, toda a cidade de Ibiraçu, comandada pela Igreja Católica, na pessoa do pároco Luiz Parensen, fez uma enorme festa para comemorar o cinquentenário da chegada dos imigrantes italianos.

No meu livro “Pau Gigante - A Cidade de Muitos Nomes” há um texto contando bem como foi essa festa do cinquentenário.

As comemorações envolveram todo o município, contando com a participação de todas as capelas da Paróquia de São Marcos, que na época abrangia também o território de João Neiva.

Na ocasião dessa festa, foi inaugurado um monumento ao lado da igreja, para homenagear os imigrantes italianos e marcar a data. Tratava-se de um obelisco, não tanto imponente, mas bem representativo do feito comemorado.

Infelizmente, o obelisco foi destruído por ocasião do corte de terraplanagem feito no final dos anos 1960 ou no início dos 1970 – a data exata não pude confirmar nas minhas pesquisas. Esse corte propiciou a construção de uma praça de estacionamento, utilizada até hoje.

Durante muito tempo, tentei, sem obter sucesso, achar alguma foto desse monumento. Desejaria propor que se reconstruísse, no mesmo local, um outro parecido com ele, em 2027, quando comemoraremos os 150 anos da chegada dos italianos fundadores a Ibiraçu.

Há duas semanas, o amigo e ex-colega de magistério, professor Silvestre Vicente, presenteou-me com a foto desse obelisco. Fiquei muito feliz de encontrar a imagem, que nesta coluna compartilho com todos.

Como disse antes, não se tratava de um monumento imponente e suntuoso. Era, ao contrário, muito simples e humilde. Contudo, tinha muita representatividade e importância.

Parabenizo o professor Silvestre Vicente pela preocupação com a história da cidade. Ele tem um acervo fantástico de documentos e fotos, que tive a honra de compartilhar, além de muita memória de fatos relevantes acontecidos em nossa terra.

Espero que 2027, ano do sesquicentenário da imigração italiana, façamos uma grande festa na cidade para rememorarmos nossos bravos ancestrais. Quem sabe reconstruiremos o obelisco?