Coluna Dr. Guilherme Laporti
No ano de 2024, principalmente nesse segundo semestre, estamos experimentando um período de seca prolongada e queimadas sem controle por todo o Brasil. A baixíssima umidade do ar, assim como os poluentes e resíduos gerados pelas queimadas impactam muito na qualidade do ar inspirado e no funcionamento das vias aéreas.
Para funcionar bem, o nariz precisa que as células de sua mucosa, o muco produzido e a qualidade do ar estejam em bom equilíbrio. Produzimos por dia cerca de 1.000 ml, isto é, 1 litro de muco nasal, que tem a finalidade de umedecer, aquecer e ajudar na filtragem do ar inspirado, além de otimizar o funcionamento das células nasais.
A oxigenação do sangue nos pulmões ocorre de maneira mais eficaz quando o ar chega aos pulmões com umidade entre 75 e 95%. Isso impressiona quando notamos que em algumas regiões do país o ar está chegando a umidades abaixo de 15%.
Além de sintomas como ressecamento nasal, sangramentos, irritação nasal, coceira e obstrução, essa qualidade do ar pode causar cansaço durante o dia, baixa disposição, dores de cabeça e piora significativa na qualidade do sono. Sem falar que os resíduos da fumaça funcionam como gatilhos pra desencadear crises de asma, bronquite e DPOC.
Para melhorar a qualidade do ar e alívio dos sintomas respiratórios, algumas dicas simples são válidas: uso de umidificadores no ambiente domiciliar, lavagem nasal diária com soro fisiológico, evitar exposição a fumaça de cigarro e queimadas.
Para melhor avaliação, consulte um Otorrinolaringologista.