BHP está otimista para fechar acordo de reparação de Mariana
A BHP Brasil, subsidiária da gigante de mineração australiana, está otimista com um desfecho próximo da negociação do acordo de repactuação pelo desastre de Mariana (MG). A empresa é sócia da Vale na Samarco, companhia dona da barragem de rejeitos de minério que se rompeu em 5 de novembro de 2015, matando 19 pessoas e despejando lama de rejeitos no Rio Doce.
Executivos da mineradora afirmam ter boas expectativas de que a conclusão da negociação esteja próxima. Emir Calluf Filho, vice-presidente Legal da BHP Américas, diz que a diferença entre as propostas dos governos e das empresas reduziu muito nas últimas rodadas de negociações e que atualmente há mais convergências que divergências.
Executivos da mineradora afirmam ter boas expectativas de que a conclusão da negociação esteja próxima. Emir Calluf Filho, vice-presidente Legal da BHP Américas, diz que a diferença entre as propostas dos governos e das empresas reduziu muito nas últimas rodadas de negociações e que atualmente há mais convergências que divergências.
“Estamos chegando cada vez mais perto de fechar. O que a gente pode fazer da nossa parte, estamos fazendo. A diferença já reduziu drasticamente. Estamos otimistas porque ambas as partes estão trabalhando para uma aproximação”, afirmou Filho.
Em 11 de junho, BHP, Vale e Samarco apresentaram uma nova proposta para fechar o acordo: R$ 82 bilhões em repasses aos governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo para reparar os danos causados. O Poder Público ainda não respondeu à oferta.
Trata-se de um aumento de R$ 10 bilhões na comparação com as duas propostas anteriores das mineradoras (R$ 72 bilhões). Ainda assim, é um valor menor do que o pedido pelo governo federal e os Estados envolvidos numa contraproposta feita em 6 de junho, quando foram solicitados R$ 109 bilhões em dinheiro novo.
Com a nova proposta feita pelas empresas, o valor total da reparação chegaria a R$ 140 bilhões. O número considera indenizações já pagas e obras realizadas, além de outras obrigações que ainda serão feitas pelas companhias. O valor seria dividido da seguinte forma:
R$ 82 bilhões – repasses diretos para União, Estados e municípios (ainda será definido pelos governos quanto cada um vai receber);
R$ 21 bilhões – obrigações a fazer, ou seja, obras que ainda serão realizadas diretamente pelas empresas (como retirada de rejeitos do Rio Doce);
R$ 37 bilhões – montante já desembolsado pelas empresas desde o desastre, o que inclui indenizações a vítimas e impactados e reconstrução de 2 distritos de Mariana.