Aldeia indígena de Aracruz une criação de peixes ao cultivo de verduras e hortaliças
A comunidade indígena Areal, localizada em Aracruz, está se dedicando a criação de tilápias e a produção de alface de forma diferente do habitual.
A mesma água que é utilizada para a criação dos peixes é reutilizada no cultivo das verduras, que não são plantadas diretamente no solo. Trata-se da aquaponia, uma técnica que já beneficia cerca de 70 famílias da comunidade, além de produtores rurais da região.
Implantado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) no final de 2023, o sistema faz parte do projeto "Diversificação agropecuária através da aplicação de tecnologia de produção de peixes em aquaponia em comunidades tradicionais do Espírito Santo".
De acordo com o instituto, a técnica aquapônica tem como base a recirculação de água e dos nutrientes, e o cultivo dos vegetais de forma submersa.
A capacidade de produção da aquaponia é por ciclo, seis meses, de 140 kg de peixe e 1.500 pés de alface. Nos próximos meses, também serão introduzidas as culturas de cebolinha e salsa.
Extensionista do Incaper e responsável pelo projeto, o zootecnista Rafael Azevedo disse que, ao longo de 2024, a iniciativa vai ser implantanda na comunidade de ribeirinhos, localizada também em Aracruz, e na comunidade de quilombolas, em Ibiraçu, na mesma região.
Ainda de acordo com o extesionista, a unidade demonstrativa que foi montada na aldeia avalia os impactos da adoção do sistema, que tem vantagens como o fácil manejo e a redução do uso de recursos hídricos e de fertilizantes, possibilitada pela recirculação de água e nutrientes.