ES vai adotar restrição no uso de água para evitar racionamento devido à seca
Após decretar estado de emergência devido ao aumento queimadas por causa do tempo seco, o Espírito Santo deve adotar, até a próxima semana, um cronograma de restrição do uso de água para os chamados grandes setores produtivos, como agricultura e indústrias, devido aos indicadores de seca e falta de chuva em maior parte do estado.
Já são aproximadamente 90 dias sem volume significativo de precipitações.
O Espírito Santo vive uma "nova realidade" e tem convivido com um volume cada vez menor de chuva — já são aproximadamente 90 dias sem volume significativo de precipitações.
Atualmente, a Agerh recomenda:
- Uso racional da água em todo o Espírito Santo, diminuindo desperdícios;
- Redobrar os cuidados da população para a economia da água;
- Manejo mais adequado da irrigação e na indústria;
- Incentivo ao reúso da água em circuitos fechados, atendendo a vários processos produtivos dentro de um sistema industrial.
É importante destacar que atualmente não há risco de desabastecimento no Estado e que as vazões dos principais rios do Estado estão em média em patamares mínimos, mas dentro do esperado para este período do ano, que é um período de seca e forte estiagem. Essas vazões estão refletindo uma nova realidade hidrológica, ou seja, estão cada vez menores a cada ano.
Cidades do Espírito Santo há mais dias consecutivos sem chuva, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet):
- Afonso Cláudio - 36 dias sem chuva; última chuva registrada no dia 5 de agosto
- Linhares - 35 dias sem chuva; última chuva registrada no dia 6 de agosto
- São Mateus - 19 dias sem chuva; última chuva registrada no dia 22 de agosto
- Santa Teresa - 15 dias sem chuva; última chuva registrada no dia 26 de agosto
- Alfredo Chaves - 15 dias sem chuva; última chuva registrada no dia 26 de agosto
- Alegre - 15 dias sem chuva; última chuva registrada no dia 26 de agosto
- Vila Velha - 15 dias sem chuva; última chuva registrada no dia 26 de agosto
- Venda Nova do Imigrante - 14 dias sem chuva; última chuva registrada no dia 27 de agosto
Como será a restrição?
As instituições ligadas ao governo do estado, como a Agerh, ainda estudam a porcentagem que cada setor, como a indústria e a agricultura, deve reduzir no consumo de água. Em 2023, por exemplo, a redução variou entre 20% e 30%. A restrição do uso não significa, porém, que haverá racionamento em cidades do Espírito Santo.
O cenário não é exclusividade do Espírito Santo. Minas Gerais também vive um panorama parecido, o que afeta diretamente a vazão do Rio Doce e do Rio São Mateus, importantes bacias hidrográficas no estado.
No território capixaba, inclusive, a Agerh entende que há classificações diferentes. Municípios do Norte têm enfrentado uma seca mais grave em comparação às cidades da Grande Vitória e da Região Sul.