Economia do ES deve fechar 2024 com crescimento de 4,8%
A economia do Espírito Santo deve fechar 2024 em alta, com um crescimento de 4,8%. A projeção segue os dados do Indicados de Atividade Econômica (IAE-Findes) dos Observatório Findes, divulgado nesta quinta-feira (12).
De acordo com os dados de janeiro a setembro de 2024, a economia capixaba cresceu 3,4%, ficando acima da média nacional no mesmo período (3,3%).
Ao longo dos nove primeiros meses do ano, todos os setores econômicos avançaram no Estado, com destaque para o crescimento da Agropecuária (8,3%), Serviços (3,2%) e Indústria (3,1%), sendo os dois últimos os que mais contribuíram para o bom desempenho capixaba.
De acordo com a Federação, o ano de 2024 vem sendo marcado pelos bons resultados alcançados de alguns indicadores econômicos calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um ponto de destaque é que, no terceiro trimestre deste ano, o Estado teve a taxa de desocupação (desemprego( chegando ao menor patamar desde 2012. Entre os principais indicadores estão:
- 4,1% taxa de desocupação do ES no 3º trimestre de 2024;
- 6,4% taxa de desocupação no país 3º trimestre de 2024;
- 37,5 mil novo empregos formais criados no ES de janeiro a setembro de 2024;
- 4,23% inflação (IPCA) da Grande Vitória nos últimos 12 meses até setembro;
- 4,42% inflação (IPCA) do Brasil nos últimos 12 meses até setembro;
- 37,3% corrente de comércio do Espírito Santo com o resto do mundo nos nove primeiros meses do ano;
- US$ 18,9 bilhões corrente de comércio do Espírito Santo com o resto do mundo nos nove primeiros meses do ano.
Indústria
O setor industrial cresceu 3,1% no acumulado entre janeiro e setembro deste ano. O resultado é explica, segundo o Observatório, pelo bom desempenho nas quatro atividades que a compõem: Energia e Saneamento (16%), Construção (2,7%), Indústrias Extrativas (2,6%) e Indústria da Transformação (0,8%).
O gerente de Ambiente de Negócios do Observatório Findes, Nathan Dirr, detalha que o crescimento de 16% da atividade de Energia e Saneamento no acumulado dos nova primeiros meses de 2024 foi puxado pelo maior consumo de energia elétrica, em função das temperaturas mais elevadas, além da contribuição da bandeira tarifária verde, que ficou vigente na maior parte do período.
“Já a Indústria Extrativa cresceu 2,6%, em decorrência das altas de 14,3% da atividade de pelotização do minério de ferro. Por outro lado, a produção de petróleo e gás natural registrou uma queda de 3,9% no acumulado do ano até o terceiro trimestre”, aponta.
A Indústria da Transformação cresceu 0,8%, impulsionada pelas altas na metalurgia (4,4%), na fabricação de coque e de produtos derivados do petróleo (5%) e produtos alimentícios (0,7%). Já a produção de celulose e papel e de produtos minerais não-metálicos registrou variação negativa de 8,7% e 0,7%, respectivamente.
Serviços, comércio e transportes
O setor de serviços também cresceu, ficando em 3,2% no acumulado entre janeiro e setembro, na comparação com o mesmo período de 2023. Ele foi influenciado pelo desempenho positivo em todas as atividades: Transportes (11%), demais atividades de Serviços (2,8%) e Comércio (1,9%).
Nathan Dirr explica que “o mercado de trabalho favorável, o amento da massa salarial da economia, a taxa de inflação dentro meta (até o mês de setembro) e os programas governamentais de transferência de renda ajudaram a explicar o desempenho do setor de Serviços no Estado”.
Agropecuária
O período foi marcado por uma estiagem no território capixaba, reflexo do baixo volume de chuvas e de altas temperaturas. Mas, o retorno das precipitações nos últimos meses do ano elevou as vazões dos principais rios do Estado, contribuindo assim par a reduzir os efeitos dos meses de seca.
Diante desse cenário, a Agropecuária cresceu 8,3% de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023. A Agricultura cresceu 7,8% influenciada pela maior produção de café (arábica e conilon), principal lavoura do Estado.
Vale ressaltar que o ano de 2024 é marcado pela bienalidade positiva do café, havendo maior produtividade na colheita do fruto. Já a Pecuária, que teve alta de 11% no período, foi puxada pela maior produção de leite e suínos, e pelas atividades relacionadas à produção de aves e ovos.